sábado, 21 de janeiro de 2017

MALTA ONDE É QUE VAMOS?! Para casa, claro...

Todos sabemos que os festejos de aniversário com amigos não podem acabar no final do jantar. É quase obrigatório ir beber um copo a algum lado. O problema é quando chegas aquela idade em que os teus amigos, mais ou menos da mesma idade, já não querem ir beber copo nenhum, querem é ir para casa beber água das pedras e dormir. Mas ninguém diz! Vão pagando e tal, vão vestindo os casacos, o aniversariante sempre a pedir sugestões para a próxima paragem da malta "ENTÃO PESSOAL, ONDE É QUE VAMOS A SEGUIR?!", normalmente já em tom de 2 jarros de sangria... e tudo caladinho. Vão saindo, todos atrás do mais desesperado por ir para casa vestir o pijama e calçar as meias grossas. Mas como ninguém quer assumir que já só quer é mantas, ficam todos à porta. A conversar, a queixar-se do frio, a comentar em tom disfarçadamente ansioso "Epá, já são estas horas...". Toda a gente percebe o que quer dizer isto, não é... Excepto o aniversariante! Chega, sem frio nenhum, e continua a sua cruzada "MALTA, TUDO PARA O SÍTIO DO COSTUME!" (aquele bar onde costumavam ir quando ainda não tinham esta quantidade de primaveras nos ossos). Até que o primeiro corajoso dá o corpo às balas "Olha, eu não vou... Hoje passo." e leva imediatamente com a rajada mais crente do aniversariante "O QUÊ?! AI VAIS, VAIS! NINGUÉM ABANDONA. VAMOS LÁ". Não percebe que não só a batalha está perdida, como metade das tropas vai aproveitar e bater em retirada. É vê-los uns atrás dos outros, quase como se tivessem tirado a senha do adeus, "Pronto, nós também vamos. Amanhã temos que acordar cedo" e o aniversariante cada vez mais descrente, mas sempre inconformado "OUTRO?! VÁ LÁ, SÓ UM BOCADINHO...". Até ficar só o aniversariante, a companheira, que também quer ir embora mas sabe que tem que ficar até ao fim para levar o carro, dois ou três amigos que beberam o resto da sangria e não têm frio, e o mais novo do jantar, que tem uns 20 anos e vai com eles mas já a mandar mensagens aos outros amigos novos a perguntar onde é que estão para ir ter com eles.
Tenho um conselho para a malta que já tem que passar por isto. Não fiquem para o fim da fila, as desculpas começam a ser cada vez menos credíveis e já toda a gente percebeu que vão para casa dormir como os outros que não têm nada para fazer "amanhã" cedo. Mesmo que seja verdade quando dizem "amanhã tenho que ir fazer análises", já houve três ou quatro que disseram isso primeiro.
Eu acho-lhe uma graça...!

sábado, 7 de janeiro de 2017

Natal é doces, Natal é convívio, Natal é alegria

Ontem foi dia de Reis, parece que o Natal acabou.
Deixo aqui o meu top de respostas à minha pergunta "Então o teu Natal foi bom?":

1. (Com cara triste...) A minha avó não sabe fazer arroz doce. (Homem, ~9 anos)

2. Estive com a minha prima, ela só vem cá cerca de 2 vezes por ano - Onde é que mora a tua prima? No Brasil? - Não, em Aveiro. (Homem, ~6 anos)

3. Uma merda. (Mulher, ~27 anos)

Tive pena dos 3...!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O novo Presidente de mercúrio

O nosso Presidente foi dar o primeiro mergulho de 2017 no primeiro dia do ano, na mesma praia em Cascais, onde tinha estado no dia anterior, último dia do ano, para o último mergulho de 2016. A imprensa sublinhou coisas inúteis como "em outros anos teve a companhia dos filhos mas este ano deu um mergulho sozinho", "chegou a falar em alemão com alguns turistas" ou "não recomendou a tradição a ninguém"... e não houve uma única referência ao super-poder de Marcelo Rebelo de Sousa, o de medir a temperatura da água com exactidão até às décimas, sem recurso a qualquer instrumento. Pior, ninguém reflectiu sobre as implicações que isto traz para o emprego em Portugal. Que não me parecem as melhores! Quando lhe perguntaram como estava a água, Marcelo respondeu "está mais quente que ontem, ontem estavam 14.7º, mas eu não acho que esteja 16.1º, acho menos". Portanto, sente uma diferença de temperatura inferior a 1.4º. Marcelo é practicamente um termómetro humano. Entra na água, dá duas braçadas, e arrasa o trabalho de meia dúzia de colaboradores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. Sim, porque quando descobrirem que o Marcelo só precisa dos pêlos do peito, em princípio, para fazer o que essa malta faz com equipamentos caríssimos... e ainda por cima falham sempre! Pela amostra, o casamento de Marcelo com o Governo é coisa do ano passado (cá está, a piada-cliché na referência a algo que aconteceu 1 dia ou 2 depois da passagem de ano e portanto já não acontecia desde o ano passado).
Eu acho-lhe uma graça...!